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"Advinha-me, esquenta-me com sua advinhação de mim" C.L.

sábado, 16 de maio de 2009

Resposta a uma amiga

Ousaram dizer-me o que sou
Ana é intensa, Ana é imensa
Ser feita de versos e estrofes
É sua maior sentença

Pois saiba, querida amiga
Que se eu fosse poesia
Ninguém sequer ousaria
Escrever-me sem amor

Se eu fosse poesia
Nenhum verso terminaria com amor
Pois certamente haveria
Alguém para rimá-lo com dor

E se eu fosse poesia
Eu seria incompleta
Porque não há palavra no mundo
Que de significado fosse repleta

Não haveria versos
Que de palavras tivesse fim
Não haveria rimas
Pra tantos eus que há de mim
Ana C. Fernandes

2 comentários:

Tatinha Rodrigues disse...

"Não haveria rimas
Pra tantos eus que há de mim"

Nem preciso dizer que continuo gostando muito do que você escreve!
Me identifico muito, é como se você sentisse e escrevesse por mim.

Enfim, a poesia está ótima!

Ana C. Fernandes disse...

Poxa linda,
obrigada!
É confortante saber que existe alguém (mesmo do outro lado país), que sente o que eu sinto, vc me faz sentir um pouco mais humana, não só por se dentificar com o que eu escrevo mas também por escrever aquilo que eu também sinto, seus textos são sempre feitos de palavras colocadas de uma forma que melhor não poderia traduzir muito das coisas que eu sinto e ainda não pude dizer.