Whatever.

Minha foto
Goiânia
"Advinha-me, esquenta-me com sua advinhação de mim" C.L.

domingo, 2 de setembro de 2012


AMOR,


Sinto que você vive em mim

que cresce em mim

devagar, demoradamente, preenchendo todos os vazios

tão lento e profundamente

que nada entre nós é devastador

e nada nos estremece



Sinto-me compreendida quando seus olhos penetram os meus

Sinto segurança na sua voz, ternura no seu abraço,

Cuidado em suas mãos

E imenso prazer em estar ao seu lado.



Seu sorriso acalma meu coração,

Alegra minha alma

Desperta o que há de bom em mim

Permita que eu caminhe sempre ao seu lado

Quero multiplicar sua felicidade

E dividir qualquer dificuldade

Quero ser tudo o que lhe faltar.



Percebo que seremos inabaláveis

Firmes.

Porque crescemos sobre as verdades e não sobre aparências,

Porque nos enxergamos como seres humanos e eternos e não apenas

Como corpos que se encontraram.


Permeia entre nossos corações, um bem querer profundo

que firma no solo como uma raiz

o amor que floresce aos cuidados de uma compreensão infinita!


Ana C. Fernandes

02/09/12

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Essas coisas de final de ano..

Tentei evitar isso, mas não pude. Quero me despedir de 2011 com algumas palavras.


2011 foi um ano muito estranho.. Foi um ano que não começou bem, um ano em que eu deveria ter sido mais corajosa e dito não quando me decepcionei pela primeira vez, quando fui abandonada pela primeira vez.. Eu deveria ter dito não e continuei a dizer sim. E embora eu quisesse acreditar que estava agindo certo, percebo que só estava adiando um final que já estava pre-determinado porque não queria toda essa tristeza.

No entanto, foi também o ano em que tive a coragem e persistência para concluir a mais importante fase da minha vida, pelo menos até agora, a faculdade. Portanto, foi um ano extraordinário. Nunca imaginei que seria arquiteta, nem mesmo quando estava dentro da faculdade cheguei a pensar que aquelas noites infindas fazendo projeto teriam fim. Sei que as coisas só pioram agora, mas eu não imaginava que realmente teria fim.

A gente sempre acha que o futuro está distante demais, mas não está. Ele está sempre a um passo de nós e no outro dia já passou. Mas a melhor coisa sobre futuro e sonhos é que eles sempre existem, mesmo quando não realizamos alguns sonhos, ou quando os realizamos, sempre existe um futuro para nos trazer novos sonhos ou realizarmos os antigos. Eu ainda tenho os mesmos sonhos, parece que nada mudou. Podem dizer que agora sou arquiteta, que já sou adulta, mas eu ainda tenho os mesmos sonhos.

O engraçado é que a vida se encarrega de nos mostrar quais sonhos realmente valem a pena, por quais devemos lutar; ela se encarrega de nos mostrar quais são as pessoas que vão estar conosco e aquelas que devem permanecer longe.

Mas no fim das contas, se a gente não é o tipo de pessoa que deixa escapar os detalhes mais importantes, a gente percebe que quando as coisas estão assim, tudo bem, tudo calmo, mesmo quando existe uma dor ou uma saudade, mesmo quando existe alguém que vc acha que nunca vai esquecer, chegar ao fim do ano e ainda ter seus amigos e família, e ter conquistado algo tão importante como se formar, e ainda ter um milhão de sonhos para realizar, isso é viver o próprio sonho.

Todos temos um milhão de planos para 2012, mas viver 2012 e aproveitar cada momento dele como Arquiteta e Urbanista, com minha família e meus amigos... Isso já será viver um grande sonho para mim. E se a vida se encarregar de me dar mais presentes, não vou achar ruim, não mesmo!!

Feliz 2012 para vocês!

sábado, 16 de abril de 2011

Ecos de minha alma

A sua voz carrega o tom do desencanto
Eu não vou mais cair em prantos
Eu não vou mais cair em prantos
O que eu já fui, eu não sou mais
O que me deu, já não dá mais
Eu não vou mais, eu vou não mais
Eu já não quero lhe dizer
Sinto falta de você
Sinto falta de você
Esse medo que eu carrego
Já me alerta
O fim é certo, o fim certo
Essa ausência ainda me mata
Seu silencio é uma charada
Eu já não posso carregar
A sensação de não ser nada
Eu não sou nada, eu não sou nada
Se for difícil me dizer
Não precisa se conter
Eu já sei
Que o meu amor não lhe faz bem...
E quem eu sou? Não sou ninguém
Não sou ninguém.. Não sou ninguém
Não quero ser seu grande fardo
Não quero ser o seu atraso
Eu não vou ser, eu não vou ser...
Eu sei que sou, não quero ser..

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Canção de Espera

Bom, às vezes a tristeza só sai em forma de canção, e embora eu não saiba cantar e tocar, eu fiz a letra e a melodia para guardar e aguardar meu amor.


Ah meu amor,
Se soubesse com quanta ternura eu te espero,
Guardaria em teu seio, aquilo que no meu seio,
Só pulsa dizendo eu te quero


Vem meu amor,
Eu sei que existe, o motivo persiste
Há razão, apetite
Pra durar toda uma vida


E se a saudade não tem
Outra razão pra doer
eu vou ter que dizer ao mundo essa dor


Em meu coração já não cabe
E ao meu corpo não cabe
Amar e sofrer


Eu sei que você sabe
Já é hora, é tarde
Pra esse amor acontecer


E se eu não for bom motivo
Eu digo, eu persisto
Serei pra ti o teu céu
Serei o porto no mar
Venha ao meu encontro
 Meu amor


Ana C. Fernandes

domingo, 10 de janeiro de 2010

Não é outra carta de amor.


Nossas maiores lutas envolvem o amor.
O amor pela carreira escolhida, o amor pela família, o amor pela pessoa com quem queremos passar o resto de nossas vidas, o amor próprio. Enfim, o amor próprio.
Quando todas as formas de amar estão em jogo, é ele quem estraga tudo.
Amor próprio, uma questão de auto-piedade ou de exaltação?
Amor entre duas pessoas, uma forma de altruísmo ou de cobrar muito carinho e atenção de alguém?
Amor pela carreira, uma questão de se abster de muitos prazeres ou uma verdadeira obsessão?
Amor pela família, uma sensação nata de bem estar ou uma obrigação?
Quais são as palavras, os números e a escala em que se insere o amor?
Como eu poderia falar de amor com tantas verdades que me afastam dele?
Penso que se houvesse mesmo em mim alguma coisa movida “à amor” haveria de ter também sentimentos de caridade, de compreensão, de altruísmo, de dedicação.
E há?
Há, mas acredito que sejam apenas sementinhas.
Então são todas sementinhas de amor que deveriam ser cultivadas.
E não é porque só colheremos se o plantarmos, é porque sentiremos amor se o cultivarmos, o amor não é nada que se colhe, é alguma coisa que se dá e que fica em nós como o perfume das flores que damos.
Então, se tenho que ir mesmo à luta, que seja pela causa certa.
Por isso, amor da minha vida, me acolha em seus braços agora, porque eu vou ter que ser muito forte pra entender que não posso te amar querendo, só te posso amar.
Não posso pedir que fique comigo pra sempre, mas posso fazer o meu melhor pra ser alguém que te faz ser melhor.
Também não posso dizer a minha família que me aceite, eu posso aceitar quem eles são agindo de uma forma que não os agrida. Eu não posso tentar ser a melhor na minha profissão, mas posso me dedicar ao máximo para que tudo que eu faça seja feito da melhor forma que eu poderia fazer,
carregar a consciência tranqüila é tudo que muita gente gostaria de ter.
A partir de hoje, começo a sentir minha alma leve, e quero senti-la cada dia mais leve, como os coqueiros que praticamente dançam quando bate o vento.
Quero ver a semente dar frutos, e quero fazer isso tudo porque você me faz enxergar a vida como um grande caminho a ser percorrido, um caminho em que se vai sozinho ou acompanhado, mas um caminho em que se vai de qualquer forma.
E eu, meu amor, quero ir ao seu lado, e sei que pra segurar a sua mão, eu terei que fazer de mim uma grande árvore de amor.
Quero ser alguém que saiba compartilhar os pequenos momentos com a alegria de quem admira as mais lindas paisagens.
Alguém que saiba esperar o tempo que for preciso para florir e te dar essa flor.
Alguém que entenda seus defeitos porque só entendendo alguma coisa é que se pode dar o próximo passo. Alguém que realmente saiba ver o amor aonde exista apenas uma sementinha pra ser cultivada pelas quatro mãos.

E depois disso tudo, já me sinto maior, sinto que terei orgulho da minha vida porque a minha sementinha insiste em dizer que ama vc.
Ana C. Fernandes.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Diante do nada.

Em alguma parte de um livro da clarice, uma de suas personagens se encontrou diante do nada. Entao, não pude evitar, essa expressão trouxe à tona tudo que eu queria dizer e não conseguia, coisas passadas, coisas atuais, coisas que nem sequer existiram, mas que queriam ser ditas. Está aqui, como passe de mágica, as palavras vieram até mim, boas ou não, eu tive que escrevê-las. E não está em questão a veracidade dos fatos ou a qualidade do texto que elas formaram, mas a intensidade com que vieram diante da imensidão chamada Clarice Lispector.

Quando eu disse eu te amo, ela disse “certo”, um certo sem coragem de me reprimir. Eu tentei explicar melhor e ela disse que havia entendido, um entendimento sem questão de respostas, ela se encontrou num abismo, ela se deparou diante do nada que ela sentia.
Como ela poderia se apresentar assim diante do nada? Eu me apresentaria nua, nua fisicamente e nua de alma. No máximo, me apresentaria com uma cor nos lábios, da maldade inocente que é saber que poderia provar do pecado, porque no nada não existe certo ou errado, existe a indiferença. Mas ainda assim, eu espero que exista amor, ainda que nao exista alma, pois há de existir uma lugar, mesmo que seja o nada, em que o amor não seja tudo aquilo que a gente quase perde por um triz.
É assim que eu me sentia, completamente incapaz de fazer alguma coisa pra não perder o amor, o meu amor, o amor que ela sequer sente, porque ali o que é ou será, seria ainda que eu não queira e não deixaria de ser pra que eu pudesse ser feliz.
Então diante do nada, a gente ficou por mais de um segundo e por mais de um milênio para que eu pudesse pensar em tudo isso. E enquanto isso, os olhos dela brilhavam a luz da lua que ela admirava e os meus brilhavam olhos dela iluminados do luar em que estavam.
Quando ela voltou o olhar pra mim, eu tinha na face duas lagrimas: uma da dor de existir, outra da dor de amar. Ela ia perguntar alguma coisa, mas eu fechei os olhos e ela não ousou me atrapalhar. Ela sabia que eu ia embora, eu tinha acabado de morrer por esse amor em vida e no nada eu iria viver de morte: morte da dor de amor, de dor de qualquer outra coisa que alcançasse o coração.
Agora, a única coisa que sinto na ausência de vida é a presença dela, porque a sinto ainda que ela não esteja aqui. E ainda amo, mesmo que não haja amor, meu amor é suave e doce, porque não é real, porque é real, porque não existe, porque é mais real que a própria realidade, porque no nada, nada importa, a n ser esse amor, que não é pesado, e que não dói, que me alimenta desde que deixou de ser o amor que te queria pra mim e passou a ser apenas amor.
Ana C. Fernandes

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Inventando

Eu sou a GRANDE SABOTADORA. Sabotadora da minha própria felicidade. Sei o que quero, busco, busco enquanto pulsa forte o coração, mas qd grita a razão, fujo, fujo para tão longe que me perco dentro de pensamentos esquecidos, coisas arquivadas e perdidas pelos caminhos que tentaram levar e lavar minha alma. Caminhos estreitos, de dificuldade certa, mas de felicidade futura. E quem fala mais alto? Grita imponente meu coração.
Meu coração quer tudo de uma única vez, almeja a felicidade agora, e por muitos agoras, de quase tudo ele é capaz. Ele quer paz, mas oras! Há razão dentro de mim!!!!!!!
Então sou feliz se posso sonhar, mais sonho do que vivo, ou melhor, como prefiro dizer, vivo no mundo que escolhi, existe o mundo real e o imaginário, este último parece real pra mim. Sonho com palavras, frases ditas, olhares, sorrisos, beijos, abraços. Sonho com um grande dia, sem restrições, em que serei eu da forma mais minha que eu possa ser.

Escondo da razão o que quero nesse mundo. Completamente desprovida de limites físicos, vivo facilmente qualquer coisa que transcenda este mundo.
A dor, aquela "tristeza de quem ama", não me faz menos feliz. Se amo, me encontro. Um encontro de faz de conta, mas que conta muito pra mim. Tristeza pra mim é partida esperada de novos sonhos: do amor ficam as dores, novos sabores e cores.
Mas às vezes ainda não sei quem sou. E quando eu disser que não sei, minto. Eu sempre sei. Sei porque pensar faz parte daquilo que melhor eu sei fazer, penso tanto que não descanso, não se descansa com um coração assim. Então sou sincera, faca de dois gumes, ao mesmo tempo em que alivia, culpa a verdade de se assumir.
Nessas horas, já não sei o que faço. Ser humano é justamente isso, sentir coisas provenientes de todo tipo de plantio que há no mundo. E contraditoriamente, ser humano é poder escolher deixar-se levar ou não por essa gama de sentimentos e vontades que aflige todo ser.
Penso então, e sinto que devo pensar, que não sou desse mundo. De onde eu venho deve ter explicação pra tudo isso, há de haver razão naquilo que o coração diz, e há de a ver sentimento naquilo que penso. Penso e ajo as vezes com o coração, penso e não ajo, ajo sem o coração, sinto que deveria ter pensado, penso que não deveria ter amado, amo como não se pode pensar: continuo a me inventar.
Ana C. Fernandes.