Whatever.

Minha foto
Goiânia
"Advinha-me, esquenta-me com sua advinhação de mim" C.L.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Não é outra carta de amor.


Nossas maiores lutas envolvem o amor.
O amor pela carreira escolhida, o amor pela família, o amor pela pessoa com quem queremos passar o resto de nossas vidas, o amor próprio. Enfim, o amor próprio.
Quando todas as formas de amar estão em jogo, é ele quem estraga tudo.
Amor próprio, uma questão de auto-piedade ou de exaltação?
Amor entre duas pessoas, uma forma de altruísmo ou de cobrar muito carinho e atenção de alguém?
Amor pela carreira, uma questão de se abster de muitos prazeres ou uma verdadeira obsessão?
Amor pela família, uma sensação nata de bem estar ou uma obrigação?
Quais são as palavras, os números e a escala em que se insere o amor?
Como eu poderia falar de amor com tantas verdades que me afastam dele?
Penso que se houvesse mesmo em mim alguma coisa movida “à amor” haveria de ter também sentimentos de caridade, de compreensão, de altruísmo, de dedicação.
E há?
Há, mas acredito que sejam apenas sementinhas.
Então são todas sementinhas de amor que deveriam ser cultivadas.
E não é porque só colheremos se o plantarmos, é porque sentiremos amor se o cultivarmos, o amor não é nada que se colhe, é alguma coisa que se dá e que fica em nós como o perfume das flores que damos.
Então, se tenho que ir mesmo à luta, que seja pela causa certa.
Por isso, amor da minha vida, me acolha em seus braços agora, porque eu vou ter que ser muito forte pra entender que não posso te amar querendo, só te posso amar.
Não posso pedir que fique comigo pra sempre, mas posso fazer o meu melhor pra ser alguém que te faz ser melhor.
Também não posso dizer a minha família que me aceite, eu posso aceitar quem eles são agindo de uma forma que não os agrida. Eu não posso tentar ser a melhor na minha profissão, mas posso me dedicar ao máximo para que tudo que eu faça seja feito da melhor forma que eu poderia fazer,
carregar a consciência tranqüila é tudo que muita gente gostaria de ter.
A partir de hoje, começo a sentir minha alma leve, e quero senti-la cada dia mais leve, como os coqueiros que praticamente dançam quando bate o vento.
Quero ver a semente dar frutos, e quero fazer isso tudo porque você me faz enxergar a vida como um grande caminho a ser percorrido, um caminho em que se vai sozinho ou acompanhado, mas um caminho em que se vai de qualquer forma.
E eu, meu amor, quero ir ao seu lado, e sei que pra segurar a sua mão, eu terei que fazer de mim uma grande árvore de amor.
Quero ser alguém que saiba compartilhar os pequenos momentos com a alegria de quem admira as mais lindas paisagens.
Alguém que saiba esperar o tempo que for preciso para florir e te dar essa flor.
Alguém que entenda seus defeitos porque só entendendo alguma coisa é que se pode dar o próximo passo. Alguém que realmente saiba ver o amor aonde exista apenas uma sementinha pra ser cultivada pelas quatro mãos.

E depois disso tudo, já me sinto maior, sinto que terei orgulho da minha vida porque a minha sementinha insiste em dizer que ama vc.
Ana C. Fernandes.

3 comentários:

Fernando de Assis Mota disse...

Nessas horas percebo como sou pequeno.
E como diria Renato Manfredini JR e outros:
"É Só o amor".

Ana C. Fernandes disse...

viu como eu me sinto pequena? justo que só sei falar de amor...

Mila Feiten disse...

onipresente, esse tal amor.
parabéns pelo blog, flor!
*,