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"Advinha-me, esquenta-me com sua advinhação de mim" C.L.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Inventando

Eu sou a GRANDE SABOTADORA. Sabotadora da minha própria felicidade. Sei o que quero, busco, busco enquanto pulsa forte o coração, mas qd grita a razão, fujo, fujo para tão longe que me perco dentro de pensamentos esquecidos, coisas arquivadas e perdidas pelos caminhos que tentaram levar e lavar minha alma. Caminhos estreitos, de dificuldade certa, mas de felicidade futura. E quem fala mais alto? Grita imponente meu coração.
Meu coração quer tudo de uma única vez, almeja a felicidade agora, e por muitos agoras, de quase tudo ele é capaz. Ele quer paz, mas oras! Há razão dentro de mim!!!!!!!
Então sou feliz se posso sonhar, mais sonho do que vivo, ou melhor, como prefiro dizer, vivo no mundo que escolhi, existe o mundo real e o imaginário, este último parece real pra mim. Sonho com palavras, frases ditas, olhares, sorrisos, beijos, abraços. Sonho com um grande dia, sem restrições, em que serei eu da forma mais minha que eu possa ser.

Escondo da razão o que quero nesse mundo. Completamente desprovida de limites físicos, vivo facilmente qualquer coisa que transcenda este mundo.
A dor, aquela "tristeza de quem ama", não me faz menos feliz. Se amo, me encontro. Um encontro de faz de conta, mas que conta muito pra mim. Tristeza pra mim é partida esperada de novos sonhos: do amor ficam as dores, novos sabores e cores.
Mas às vezes ainda não sei quem sou. E quando eu disser que não sei, minto. Eu sempre sei. Sei porque pensar faz parte daquilo que melhor eu sei fazer, penso tanto que não descanso, não se descansa com um coração assim. Então sou sincera, faca de dois gumes, ao mesmo tempo em que alivia, culpa a verdade de se assumir.
Nessas horas, já não sei o que faço. Ser humano é justamente isso, sentir coisas provenientes de todo tipo de plantio que há no mundo. E contraditoriamente, ser humano é poder escolher deixar-se levar ou não por essa gama de sentimentos e vontades que aflige todo ser.
Penso então, e sinto que devo pensar, que não sou desse mundo. De onde eu venho deve ter explicação pra tudo isso, há de haver razão naquilo que o coração diz, e há de a ver sentimento naquilo que penso. Penso e ajo as vezes com o coração, penso e não ajo, ajo sem o coração, sinto que deveria ter pensado, penso que não deveria ter amado, amo como não se pode pensar: continuo a me inventar.
Ana C. Fernandes.

5 comentários:

Letícia M disse...

Caraca... muito legal mesmo seu blog, sem falar nas coisas q vc escreve!!! Adoreiiiiii... bjim

Ana C. Fernandes disse...

Obrigada!!!!!!!!!!

Kari disse...

"Meu coração quer tudo de uma única vez"

Eu me sinto tão assim, haa.
E putz, você tem um dom, garota. escreve lindamente bem.

Aline Barcelos disse...

Como se pode amar..
e se pode amar?
e se pode ter razão ao amar?
e se pode ter razão?

Lilian Barcelos disse...

é q a gente tem medo de ser feliz